Vamos falar de materiais deslizantes? Bem, em outros posts nós já comentamos que os selos mecânicos podem ser deslizantes, o que chamamos de ‘pusher’, ou não deslizantes. Mas para que um selo seja considerado deslizante é necessário que sua vedação secundária seja composta por um material que permita que isso aconteça sem maior desgaste na peça.
Quais são os materiais deslizantes de um selo mecânico?
- Carvões Sintéticos: Obtidos através da compactação de coque, grafite ou antracite com aglutinantes ou resina sintéticas, os carvões sintéticos podem se diferenciar entre carvão duro (100% carbono) e carvão grafite (40~60% carbono + 40~60% grafite), de acordo com sua composição.
- Carvão grafite: Existem 2 tipos de carvão grafite: os com impregnação de resina e os com impregnação metálica.
- Carvão grafite com impregnação de resina: Possi boa resistência química, quando aplicado como material deslizante funciona com o limite de temperatura em 150°C, tendo em vista que acima disso pode se deteriorar em razão da dilatação do material, levando ao “blistering” (pequenos lascamentos no material).
- Carvão grafite com impregnação metálica: Maior resistência mecânica, seu limite de temperatura de trabalho é de aproximadamente 400°C, em temperaturas superiores ocorrerão sobre o material deposições lamelares.
- Eletrografite: É obtido através da requeima de carvão (duro ou grafite), onde ocorre o crescimento dos cristais do material que são os cristais de eletrografite. Apesar de sua menor resistência mecânica possui maior condutibilidade térmica.
- Metais: São utilizados na forma de peça maciça ou revestida, mais bem quistas nas aplicações de média ou alta pressão.
- Metal Maciço: Conseguidos através de ligas especiais fundidas a base de níquel ou cromo, que além de serem bons delizantes apresentam boa resistência química. A dureza do material pode ir de 120HB à 300HB dependendo do material fundido.
- Peça Revestida: Este é um processo em decadência visto que não apresenta mais vantagens técnicas ou econômicas sobre os carbetos, e está limitada a diversos fatores, tais como a fina camada do revestimento, dilatação diferente do metal base que pode gerar lascamento, entre outros.
- Carbetos: São ligas binárias de elementos com carbono. No caso de selos mecânicos são utilizados o silício e o tungstênio para efetivar as ligas. Por razões técnicas e econômicas os carbetos são utilizados, além de sua forma maciça, emanchados e soldados dependendo do carbeto.
- Carbeto de Tungstênio: O grão deste carbeto possui uma dureza próxima à do diamante, como utilizam aglutinantes em sua composição possuem baixa resistência química, então é necessário especificar o tipo de produto a ser vedado e a sua variação de temperatura, para que evite a corrosão do aglutinante, alterações da superfície e consequentemente, vazamentos.
- Carbeto de Silício: Com grãos de dureza também próxima ao diamante, o material é condutor de eletricidade, as peças maciças, entretanto, apresentam fragilidade parecida com cerâmica.
- Diretamente Sintetizados: Por não haver Si livre, este pode ser utilizado em qualquer índice de pH, sua estrutura é mais fina e homogênea, no entanto é mais quebradiço que o obtido por reação.
- Sintetizados por Reação: Este material pode ser fino ou grosso, e conter até 10% de Si livre, restringindo seu uso em vedações de produtos com pH menor que 10.
- Eletrografite Siliciado: Os poros e a granulometria do material influenciam nas propriedades do produto final, e por essa razão tem como limitador o alto custo e prazo de entrega longo!
- Óxido de Alumínio: O mais conhecido dos materiais deslizantes! Um material compacto, frágil, porém resistente à abrasão. Geralmente combinado a carvões sintéticos ou carbetos de tungstênio em aplicações de média ou baixa pressão, pois em pressões elevadas pode ocorre um desgaste do material. Em conjunto com alguns carvões torna-se o material de maior resistência química.
- Plásticos: Materiais conformáveis quando sujeito à temperatura e pressão, como material deslizante é destacado o PTFE que se torna necessário em casos de produtos altamente oxidantes, aos quais os carvões não mais resistem.
- Politetrafluoretileno: Conhecido como PTFE, o material tem boa reação em altas temperaturas e grande variação de coeficiente de dilatação em caso de grandes variações de temperatura. Resistente a praticamente todas as substâncias, com pouquíssimas exceções.
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